quarta-feira, 30 de junho de 2010

fotos frecas (de lá e de cá)

em Laclubar, era mercado, mas deste vez mataram um 'karau' (era também dia de talho )










este senhor...ai este senhor...;)!!!



em dili... o sistema de transporte de peixe mais comum...





o volleibol em quase todos os becos...














































domingo, 27 de junho de 2010

28/06

Já estamos no final de Junho. Aqui, a estes meses, que para nós (mim) estão associados o calor, os dias compridos, (as hormonas, os concertos, etc.), aqui associam-se as temperaturas mais amenas (não chega a ser frio mas…); mas especialistas locais asseguram que isto não dura mais do que umas semanas, e a verdade é que Díli passa um bocado ao lado de tudo isso.
Mas falando cronologicamente (e resumidamente) de algumas coisas, passo a expor algumas fotos da última vez (à cerca de um mês) que regressei da grande metrópole.
Não, desta vez não foi preciso mandar parar ninguém no meio da estrada depois de alguns momentos de caminhada ;), combinou-se boleia desde Díli.

Pelo caminho, cerca de 42 min de distância de Díli (perto de Manatuto), alguns miúdos (e não só) aproveitam para vender ao melhor preço o peixe que acabaram de apanhar mesmo ali ao lado.
Sobre a maneira artesanal de eles pescarem e que talvez não seja para apanhar estes ‘pikenos’, já me contaram que é brutal apreciá-los. Fazem uso de uns arpões feitos da mesma fabrica que os ovos kinder (‘feitos à mão’;)!), e os óculos que usam não são menos artesanais; a ‘armação’ é esculpida em corno de ‘karau’ (à vista de malai parece um tipo de madeira). Mas o mais particular em tudo isto é apreciar a forma como o corpo deles se adaptou a esta labuta: sentam-se no fundo do mar, esperam paciente algum tempo (que para qualquer outra pessoa significaria a asfixia), e quando a presa lhes está ao alcance, tiram-lhe a vida com um engenho que só algum tempo de pratica lhe pode ter ensinado.























Então lá cheguei mais uma vez a Laclubar, desta vez trazia entre muitas outras coisas, umas pequenas oferendas para dois ‘pacientes’ especiais: uns brincos para a senhora + umas calças compradas em saldos para fazer frente às tais temperaturas amenas, pelo mesmo motivo adquiri (também ao preço de rebuçados) uma camisola.
























Só para constar em acta, este rapaz (o Joaniko) tem também outra doença que deve derivar de algum choque que apanhou; o rapaz é eléctrico! Já pensei em cortar-lhe a dose do pequeno almoço ;)! A verdade é que ambos fazem uma boa dupla e se calhar era mesmo o elemento que faltava para tornar os dias da Imaculada mais agitados.
Entretanto surgiu-me a ideia de colocar a Imaculada a assistir ás aulas na escola mesmo ao lado da RSRP. O protocolo de tratamento para crianças com TBC é mais prolongado e como a escola dela fica um pouco longe, achei que fazia sentido que ela não perdesse algum ritmo nem estimulo para a aprendizagem, tão importantes nesta idade. Então lá fui à escola colocar esta hipótese e no dia seguinte já a receberam; não deixei de me questionar sobre quanto tempo, papeis, etc. isto me custaria em Portugal ;)!
Algumas fotos de mais uma EdSaude sobre TBC:

























Enganem-se aqueles que pensam que aqui é só sol e mangas curtas…;)!




















































Neste mês estava também agendada uma EdSaúse para as crianças das duas escolas primárias locais. Depois de algumas combinações atempadas para fazer uso da energia dos painéis solares de uma das escolas, valeu o meu plano B de ter falado com o chefe da esquadra da policia sobre poder usar um pouco de electricidade deles (eles são os únicos que têm electricidade quase todo o dia) na eventualidade de que os painéis falhassem.
O tema girava em torno de problemas de pele, pés e tétano. Esta é uma foto do final de uma das duas sessões em que foi apresentada de forma simples e directa alguma informação estrategicamente associada a imagens.























Aqui eu numa outra actividade … ‘saúde ocupacional’ ;)! Decidi aproveitar uns restos de tintas e uma pequena estrutura que dá sustento ao depósito da água da RSRP, para dar oportunidade aos pacientes (e não só) para personalizarem um pouco o espaço…:)!













































Contrariando qualquer esperança de estar um pouco actualizado sobre o actual evento mundial de futebol, surgiu na aldeia um novo hábito: o de acompanhar os jogos através de aparelhos que…julguei não existirem por estes lados.
Depois de ficar a saber que eles emitiam os jogos ao inicio da noite, decidi dar lá um salto para ver como aquilo funcionava.
Assim que saio de casa começo a ouvir um som em formato de relato que me fazia pensar que o local onde estariam a emitir o jogo seria muito mais perto do que o que me tinham descrito. Continuo a subir a rua (escura) e o meu espanto começa a ganhar corpo assim que me apercebo que o dito som estava a ser irradiado em decibéis quase nocivos e sincronizado com uma tela gigante onde estava a ser projectado um qualquer jogo. Á falta de luar, era a luz projectada que denunciava uma grande quantidade de corpos que se mantinham ’hipnotizados’ por todo aquele cenário.
Talvez ‘hipnotizados’ não seja o melhor termo, é que assistir a um jogo de futebol com estes indivíduos ali… não sei se por efeito de algum fanatismo ou de uns goles de ‘tua’, aquilo parece o mercado!;) então quando Portugal goleou a Coreia… não imaginam ;)! Eu só cheguei a tempo de ver a segunda parte (a parte que realmente interessou) e, apesar de o ecrã ser grande, eu só conseguia ver pouco mais do que a baliza do adversário (que também era a parte que interessava ;)!).
Depois disso, apesar de o tempo não convidar, voltei lá para ver o jogo com o Brasil. Estava frio, vento e chuva, o que implicou que a disposição das bancadas e dos aparelhos fossem alterados.