terça-feira, 22 de dezembro de 2009

09\12 contin

Depois dos galos a cantarolar, sinto um som muito perto que, segundo o programa que me tinha sido transmitido, seria o toque de um sino mas que em muito pouco se parecia com isso. Inicialmente pensei que era alguma brincadeira, parecia que alguém estava a bater com um pau numa panela ou um tacho mais resistente, não fosse pelo ritmo a que essas pancadas apareciam entre aqueles sons da manhã. Levantei-me pouco depois quando senti gente, e porque não estava certo se estaria atrasado para alguma coisa. Eles estavam a levantar-se e preparavam-se para ir buscar água. Acompanhei-os, e mal iniciamos caminho, deparo com a explicação para aquilo tudo: o ‘sino’ é na verdade uma botija muito velha, semelhante a essas que enchem e fazem flutuar os balões de crianças vendidos em festas.





Já é noite, lá fora o som do gerador ainda se mistura com o dos grilos entre outros. Chego ao final da tarde cansado sem grande motivo que o justificasse. Estivemos a visitar os ‘edifícios’ (centro de saúde, centro de Tuberculose + o novo centro que esta a acabar de ser construído para dar resposta ao tratamento de doenças mentais), tantas caras novas e parecidas; para facilitar cumprimento toda a gente. De tarde choveu bastante, quase toda a tarde, já era esperada á algum tempo esta água; se viesse antes evitava as viagens que fizemos bem cedo para ir buscá-la á ribeira, com baldes e garrafões á espera que uns fios de nascente lhes tirassem o ar.
Ainda assisti a uma pequena reunião com algumas educadoras que vão às escolas fazer educação para a saúde e um dia por semana (no dia da consulta de saúde materna – quarta feira) estão no centro de saúde a fazer formações de corredor enquanto esperam pela consulta com a parteira. O centro é razoável (…), tem zonas mais degradas mas, segundo o IrmVitor, aquilo estava muito pior quando eles chegaram cá.

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