domingo, 6 de dezembro de 2009


Por fim chego a Díli. Até agora tudo eram projecções, tudo eram rumores (que eu evitava). Tudo que eu disser é baseado numa ideia muito superficial com base no pouco tempo que aqui estou, por isso vou evitar fazer qualquer juízo.


O que se vê é uma cidade gasta, com aglomerados de populações e comercio muito pobres, muitas das pessoas dormem no mesmo sitio onde durante o dia vendem qualquer coisa (garrafas de gasolina, amendoim, manga, maracujá, etc.). Esgotos a céu aberto, rios secos pelo calor e pela falta de chuva que esta atrasada. Claro que há jeep’s, muitos da UN, e meia dúzia de edifícios que assim se podem realmente chamar, embaixadas, um ou dois hotéis, etc., mas esses estão quase sempre nas mãos dos ‘Malais’ australianos, portugueses ou outros.

Entretanto está já em construção o futuro ‘Shoping Timor Plaza’, que deve estar pronto antes do primeiro sistema de esgotos ou da Primeira estação de tratamento de água residuais, ou do que muitas outras coisas. E pergunto-me quem poderá lá entrar, os pés descalços que preenchem estas ruas? Os poucos ‘Malai’s’ que passeiam de jeep? … Talvez também isso faça parte da reconstrução.

Mas a verdade é que se sente uma calma meio frágil, volátil. Deu para reparar nestas 24h um crescente de policias nas ruas que culminou hoje com uma (grande manifestação de apoiantes da Fretilin – principal partido da oposição (acho eu). Á frente da manifestação desfilava um grande contingente policial, não sei se para amedrontar a população que se acumulava na berma da estrada, se para rapidamente tomar conta de alguma situação/manifestação menos permitida. Fico sem saber o porque desta manifestação: será pelo descontentamento do povo que vê o poder nas mãos de extrangeiros e desespera por melhores condições?; ou será pela presença de alguma alta patente ou da eminência da tomada de uma importante decisão para eles?

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